domingo, 27 de janeiro de 2008






estive de ressaca. só Homero para saber da grandeza que digo. precisava reencontrar um amigo, que no passado tive grande elo, mas que agora nós temos tudo, menos um elo. ainda assim resolvi promover um encontro, já que a única coisa que me resta é investir nas pessoas, porque querendo ou não, elas são o que fica, mesmo eu tendo apego por objetos de valor e gosto duvidosos. a empreitada era simples, sair para dançar, bom... se não fosse a bebida, talvez eu tivesse sido menos ridículo; meu corpo já estava intoxicado e meu sistema nervoso fodido, eu ria e falava coisas vulgares para homens e mulheres, estava deplorável, fazia do chão qualquer amigo, fazia amigos do chão; ria de anões; desrespeitava taxistas; assoviava para garotas e zombava de casais que brigavam, eu estava impossível. queriam beijos e eu só dava abraços. no caminho de casa dormi no trem, fui parar em outra cidade, minha cabeça estava explodindo, e quando deitei na cama esmurrei o travesseiro até dormir. acordei vomitando uma espuma estranha, enrolei os lençóis e disfarcei.
eu não vivo sozinho.




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