Mas eu
"Mas eu, em cuja alma se refletem
As forças todas do universo,
Em cuja reflexão emotiva e sacudida
Minuto a minuto, emoção a emoção,
Coisas antagônicas e absurdas se sucedem —
Eu o foco inútil de todas as realidades,
Eu o fantasma nascido de todas as sensações,
Eu o abstrato, eu o projetado no écran,
Eu a mulher legítima e triste do Conjunto
Eu sofro ser eu através disto tudo como ter sede sem ser de água."
Álvaro de Campos
terça-feira, 10 de junho de 2008
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3 comentários:
Lindo! Bebi cada palavra!
"como ter sede sem ser de água"...
lindo, Gi! Ótimo!
Nossa...Como esse gênio mascarado de Álvaro de Campos me sacode, me emociona e me faz refletir...Em poucas palavras cabem muitas outras coisas, não é !?
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