terça-feira, 22 de abril de 2008

Olho de Areia

Pra quem busca no mar a resposta de quem sofre
Apenas emudece diante da pujança e da força que ele detém
Sofrer é querer entender ou apenas sentir
Além das ondas só há uma verdade:
A certeza de que temos que voltar
Retorno insólito, inóspito
Para dentro de mim mesmo
Tiro da boca o sal dos meus venenos
E mostro-me como sou
Revelação
Exposição
Assim como a areia crua
Bruta
Rubra
Negra
Espessa



Poema escrito pelo Regis Sodré, que me pediu pra postar aqui.

segunda-feira, 21 de abril de 2008



E por falar em preto no branco...

terça-feira, 15 de abril de 2008

Morre Lentamente


Morre lentamente... quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições. Morre lentamente... quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece. Morre lentamente... quem faz da TV o seu guru e seu parceiro diário. Morre lentamente... quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pingos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos sorrisos e soluços, coração aos tropeços,sentimentos. Morre lentamente... quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente... quem não viaja, quem nao lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo. Morre lentamente... quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente... quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar!!!!!!
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de
felicidade.

Pablo Neruda

terça-feira, 1 de abril de 2008

Carta de Amor


Eu gosto tanto de você, que tenho que maneirar para você não enjoar. Meu grude não pode surgir, nem pode me dominar, tudo que até agora eu fiz foi lutar contra isso. Eu quero tanto você, mas sem deixar transparecer todo essa loucura do: Querer você!
A vontade de ficar perto, de não querer sentir saudade, de abraçar e nunca mais separar...Tudo isso é a loucura que eu tenho que afastar. Tenho que deixar a dúvida, a saudade, e a vontade pulsarem, latejarem, tudo pra me fortalecer...E a nós dois unir mais e mais...Nada de sair do chão, voando em um furacão de olhos fechados, pensando que alguém vai me salvar, que não existe perigo, em lugar nenhum, só porque estou anestesiada, apaixonada...Descontrolada. Nada disso! Mantenha o controle! Mantenha a distância! Se assim eu quiser continuar a ter seu coração perto do meu. Nada de telefonemas três vezes por dia, nada de bilhetes intermináveis, nada de dizer a toda hora o quanto eu te amo, o quanto o querer você sempre perto me azucrina, me alucina...Nem ficar pensando em você, somente, durante a noite e o dia...
Seria bem mais fácil, mas, eu não quero deixar de amar você, isso não; nem posso pensar me te perder, agora não! Amanhecer sem você, pode até ser, mas anoitecer sem você, de jeito nenhum...O sonho é nosso, é recíproco, mas o cuidado é meu, meu policiamento sobre mim é constante, pois, eu que sou a louca passional, carnal, contraditória, compulsiva apaixonada por você.
Até agora, devo dizer que, nunca me controlei tanto, mas ao meu ver, me dou nota dez, até mesmo porque, você é diferente, e já perdi muitos amores antes de você chegar, e agora que te encontrei, sei que os outros foram estágios, somente estágios, de como se tratar e manter um relacionamento adiante... E os erros cometidos, antes, por mim não ocorrerão novamente sobre nosso amor, eu prometo...